Luana Gomes
Lá vinha ele, dobrando a esquina com o número 4102, azul como sempre.
Acentada no ponto de ônibus anciosa, esperando por sua demora, depois de muito tempo ele aparece no ponto lotado de gente.
Todos os dias pego esse ônibus no mesmo lugar, e sempre muito cheio, por coincidência sempre com as mesmas pessoas, o mesmo motorista e o mesmo trocador. Aquele tanto de gente entre gentes, trombando e pedindo desculpas.
Quando esse ônibus chega ao centro da cidade, tem até fila. Para as pessas que dão sinal querendo descer, muitas dessas pessoas tem que descer para as outras pessoas sairem do ônibus. O ruim são aquelas pessoas sem educação que ficam empurrando, pisando nos nossos pés. O ruim é aquele falatório das mulheres fofocando da vida dos outros o tempo todo.
Mas é assim: de um lado é bom, de outro é ruim.
4102
Um comentário:
oi lu,
eu me identifiquei muito com a sua crônica. por causa de um último número esse azulim não é o meu ônibus [4103]. é osso pegar ele cheio todos os dias às 7h da madrugada...
e assim eu chego na escola! ;)
gostei de ler.
bjs
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